A deficiência hormonal que se inicia na pré-menopausa e se acentua nos anos de menopausa traz para a mulher mudanças, sintomas e condições que por muito anos foram consideradas processos naturais do envelhecimento, como se as mudanças de humor, a perda de turgor e elasticidade da pele, a fragilidade óssea, a diminuição de libido, o ressecamento vaginal, o cansaço crônico, a perda progressiva da capacidade de concentração, fossem inerentes ao envelhecimento e não merecessem atenção e tratamento adequado. Por muito anos se considerou apenas as ondas de calor como sintoma merecedor de tratamento na menopausa, isto é, se a mulher não tinha fogachos ou calafrios seguidos de sudorese, não seria necessário qualquer tratamento para a menopausa. Por muitos anos se estigmatizou a terapia hormonal devido aos riscos e efeitos colaterais dos hormônios sintéticos. Por muito anos associou-se aos hormônios o aumento do risco de incidência de câncer, sem considerar a origem do hormônio, se sintético ou natural. Um certo conservadorismo em torno deste assunto ainda se mantém entre alguns médicos e vem à tona com a resistência em aceitar e absorver os princípios atuais da orientação terapêutica no climatério e na menopausa. Estudo recentes demonstram que a sequência inevitável de alterações biológicas na vida da mulher, embora natural, precisa do amparo condutor da medicina. A terapia com hormônios naturais isomoleculares ou bioidênticos trouxe a segurança necessária para a atenuação dos efeitos deletérios da menopausa. O tratamento dos sintomas e alterações provocados pela menopausa envolve uma série de medidas nutricionais, físicas, comportamentais e medicamentosas. A suplementação nutricional de vitaminas, minerais e oligoelementos é essencial. A terapia deve ser individualizada, observando-se as necessidades de cada paciente.